Uma atriz grega de nariz aquilino é quase tão irreal quanto a feia tenista russa que namora meninas negras.
Há sombras na morte do mito.
Tudo é paisagem, passagem que não se cobra.
Na minha solidão vermicular vejo o modo como todos passam
ou permanecem na vitrina das lojas de inconveniências.
Não sei se isso é um poema.
Foi a necessidade que o fez falo para amenizar o sofrimento de velhas senhoras carentes de sexo anal/anão.
Enquanto a madame desfalece sob o corpo do garotão sarado, ouço uma canção de Sinatra no táxi do motorista viciado em heroína.
Essa cena não faz parte de um filme de Jarmusch.
Sem Sinatra e heroína, talvez sim.
Não acreditem nos poemas.
Escritos por míopes desfiguram a real idade de mitos e urbes.
Peço-lhes que só creiam nos poetas encantadores de palavras.
Menos nos traficantes de armas estilo Rimbaud.
Aqueles podem acabar com um carcinoma no joelho.
E eu com a pecha de mau poeta ressentido.
Ou não aedo.
Não grego.
Nunca poietés.
Paulo Jorge!
ResponderExcluirPaulo Jorge!
Paulo Jorge!
Que show!
Espetacular até não poder mais...
Você é encantador de palavras!
Abraço bem apertado, meu amigo, grande poeta!
Muito bom...
ResponderExcluirgosto desses "mosaicos"
abraço
Até aos meus olhos incrédulos, estilo São Tomé, isso é um poema, e dos bons. Todas as referências são inspiradas; e essa ao Rimbaud traficante de armas inspiradíssima!
ResponderExcluirBem,vou tentar reforçar a minha descrença nos poemas.
Grande abraço, Paulo Jorge.
Caríssima Zélia, honra receber um elogio seu que admiro e enalteço como excelente poetisa.
ResponderExcluirReceba o meu abraço, amiga, e grandes poemas para você.
Valeu, Juan.
ResponderExcluir"Mosaicos" adornam paredes.
Há braços.
Marcantonio, como sua palavra é lei neste blog, estou começando a crer que o escrito acima é um poema.
ResponderExcluirAgora não tenho mais motivo para não acreditar.
Fortíssimo abraço, poeta maior.
Eu já peço para creiam nesses que escrevem rasgando, transbordando, e nos fazendo querer lê-los mais! Vc é desses, e amei esse poema-prosa-recorte ;)
ResponderExcluirBeijo.
Larinha, eu que amei seu comentário.
ResponderExcluirExcelentes poemas em 2011.
Quero acompanhar tudo.
Bjs.