Quem me conhece na intimidade sabe que Manuel Bandeira (1886-1968) é o meu poeta brasileiro preferido. Do Bandeira poeta, li tudo. Assino embaixo e recomendo. Não há outro que o faça frente em língua portuguesa falada no Brasil. No meu ponto de vista, claro. Do cronista Bandeira pouco sabia até ganhar do amigo Carlos Henrique Leiros Crônicas Inéditas I (São Paulo, Cosac & Naify, 2008, 464 pp., 37 ils.). Doce alumbramento. Publicadas em diversos jornais brasileiros, entre 1920 e 1931, as 113 crônicas reunidas no volume, até então inéditas em livro, tratam de quase tudo: música, literatura, arquitetura, cinema, artes plásticas, política, carnaval, festas populares e até concursos de miss.
Antenado com sua época, Bandeira nos brinda neste primeiro volume - são dois - com crônicas inteligentes escritas sob a ótica do modernismo. Em alguns momentos, exerce o papel de crítico ferrenho; em outros, exegeta cordial, mas sempre demonstrando um olhar particular sobre cada assunto abordado. No livro, Bandeira nos dá uma ideia exata ou quase isso do pensamento intelectual brasileiro na década de 1920 e início dos anos 30. A organização, posfácio e notas são de Júlio Castañon Guimarães. Merece constar em qualquer biblioteca. Recomendadíssimo!
Bandeira é um dos meus preferidos, ao lado de Murilo Mendes e João Cabral.
ResponderExcluirUm abraço.
Moa, ainda acrescento Drummond, Mário Faustino e Adélia Prado, sem esquecer Jorge Fernandes.
ResponderExcluirSim, meu caro, Jorge Fernandes merece ser lembrado. Um abraço.
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