Vi recentemente no Jornal da Globo uma matéria sobre o sucesso que as bandas e cantores e músicos gaúchos fazem no Rio Grande do Sul sem precisarem sair de seu rincão para o Sudeste maravilha. Daí lembrei como a realidade no Rio Grande pobre é diferente da do seu primo rico. O poema abaixo, do poeta potiguar Bosco Lopes, é a mais completa tradução do Rio Grande cá de cima. Sem carpidagem, please.
Rio Grande
Rio grande da morte
Rio grande sem sorte
Rio grande sem forte
Rio Grande do Norte
Rio pequeno do Norte
Rio finito do corte
Rio seco de sorte
Rio Grande do Norte
Rio sem cais sem porto
Rio você já foi morto
Rio de leito torto
Rio chorando de fome
Rio triste sem nome
Rio cansado que some
(Bosco Lopes)
Esse "Rio" paresse que te atravessou por dentro, e habita hoje dentro. Obrigado mais uma vez pela visita em meu blog. Causa uma deliciosa estranheza saber que minha poesia está chegando a lugaes distantes. Forte abraço!
ResponderExcluirMeu caro: Bosco sabia das coisas.
ResponderExcluirE como sabia!
Um de seus melhores poemas, sem dúvida.
Abração.