Eu queria a estrela da manhã
Onde está a estrela da manhã?
Meus amigos meus inimigos
Procurem a estrela da manhã
Ela desapareceu ia nua
Desapareceu com quem?
Procurem por toda à parte
Digam que sou um homem sem orgulho
Um homem que aceita tudo
Que me importa?
Eu quero a estrela da manhã
Três dias e três noites
Fui assassino e suicida
Ladrão, pulha, falsário
Virgem mal-sexuada
Atribuladora dos aflitos
Girafa de duas cabeças
Pecai por todos pecai com todos
Pecai com malandros
Pecai com sargentos
Pecai com fuzileiros navais
Pecai de todas as maneiras
Com os gregos e com os troianos
Com o padre e o sacristão
Com o leproso de Pouso Alto
Depois comigo
Te esperarei com mafuás novenas cavalhadas
[comerei terra e direi coisas de uma ternura tão simples
Que tu desfalecerás
Procurem por toda à parte
Pura ou degradada até a última baixeza
Eu quero a estrela da manhã.
Manuel Bandeira
Que lindo texto..
ResponderExcluirparabéns..
bjs
Ave, Bandeira! Sempre!
ResponderExcluirAbração.
rapaz,
ResponderExcluiresse não dava bandeira.
daquela pena só saiu obra-prima.
bom estar aqui. hoje e sempre.
seu amigo das geraes,
o r.
Bandeira perdia-se além dos versos, nas estrelas.
ResponderExcluirabraços, votos de uma boa semana
Obrigado, Chiara.
ResponderExcluirFoi uma singela homenagem ao mestre maior da poesia brasileira.
Bjs.
Eternamente, Bandeira.
ResponderExcluirForte abraço, Marcantonio.
Bandeira é o meu preferido, amigo Roberto.
ResponderExcluirAliás, não há páreo para a poesia brasileira.
Saudações potiguarinas.
Muito bem colocado, Vendaval.
ResponderExcluirSua visita enobrece este espaço.
Abração.
Devo confessar que o título do blog me instigou bastante para essa visita. Mas é conteúdo daqui que far-me-á visitá-lo sempre.
ResponderExcluirfinquei bandeira em meu coração era menina!
ResponderExcluirbesos
Amigo Paulo Jorge
ResponderExcluirSorte ter um amigo assim, que divide comigo o seu tesouro!
Belíssimo poema deste que, tens razão,é o poeta-mor...
"Estrela da manhã"... Não precisava ter escrito mais nada, não é mesmo?
Enorme abraço, meu querido!
Caríssimo,
ResponderExcluirNão sei se o conteúdo deste Nariz de Defunto lhe agradou/agrada/agradará,
mas será sempre prazeroso receber sua visita.
Valeu, poeta do Capibaribe.
Evoé, Fred.
Eu também, Líria.
ResponderExcluirEu também.
E nunca mais quis tirar.
Bjs na alma.
Concordo, Zélia querida.
ResponderExcluirBastava Bandeira ter escrito "Estrela da manhã" para a consagração universal.
Sem dúvida, esse é o meu poeta de todos os tempos.
Fortíssimo abraço, amiga.
a portituta poesia se perdeu de amores pelo cafetão do poema e deixou o velho manuel sem amores e sem carnes
ResponderExcluirOlá,...
ResponderExcluirPassei pra te desejar um Feliz dia do Amigo !!!
bjssss
Belíssimo post...
ResponderExcluirAgradecido pelas visitas e palavras no Rembrandt
abraço
Bela sacada, Ediney.
ResponderExcluirE como vai o Recôncavo?
Abração.
Chiara, gentileza gera gentileza.
ResponderExcluirEntão, ótimo Dia do Amigo para você também.
Bjs na alma.
Não há de quê, Juan.
ResponderExcluirValeu a visita.
Abraços.
Tudo muito envolvente por aqui...
ResponderExcluirBandeira, digno da genialidade!
Um abraço, cavalheiro.
Bandeira é uma sempre bandeira poética hasteável. Um agrado especial. Fez bem em trazê-lo para nós.
ResponderExcluirObrigada!
Cris, adorei a visita.
ResponderExcluirEspero encontrar mais vezes suas pegadas neste frio Nariz de Defunto.
Agradecido.
Abraço apertado.
Nivaldete, Bandeira é meu refúgio.
ResponderExcluirNele, encontro a essência da poesia.
Forte abraço, querida amiga.
Bandeira é tão grande, que costumo dizer (o que para os patriotas mais obtusos é uma ignomínia) que ele é maior que a Bandeira Nacional!
ResponderExcluirQuero também repitir aqui, Jorge Paulo, a resposta que dei no meu blog a seus dois comentários pertinentes e sensíveis:
"Os camarões entram mais tarde nessa história, Paulo Jorge, e com uma intensidade que, suponho, você pode imaginar. Suponho, não; tenho certeza. A sua perspicácia em relação à imagem que ilustra o poema, não deixa dúvida. Pois foi exatamente em "Morte em Veneza" que pensei quando encontrei a foto! Impossível esquecer a cena final: Aschenbach, agonizante, olhando embevecido para Tadzio que, no mar, aponta para alguma coisa além... e isso tudo com a maravilhosa sinfonia de Mahler ao fundo! Um filme perfeito, um dos melhores da história do cinema."
É uma honra e prazer imensos fazer parte da comunidade do seu blog!
Abraços
Assino embaixo, Anga.
ResponderExcluir"Morte em Veneza" é um dos expoentes máximos da Sétima Arte.
O "conde vermelho", como Visconti era conhecido, pariu uma obra enigmática sem precedentes no cinema.
Tudo é perfeito.
Da luz à interpretação dos atores.
Obrigado pelo comentário e vamos nos visitando.
Abs.