Roberto Piva foi um dos principais poetas paulistanos nos anos 60 e 70
Os drinks desfilam diante dos amigos
embriagados no tapete
Saratoga Springs
Kummel Coquetel
minhas almas estão sendo enforcadas
com intestinos de esqueletos
meus livros flutuam horrivelmente
no parapeito meu melhor amigo
brinca de profeta
no meu cérebro oito mil vagalumes
balbuciam e morrem
embriagados no tapete
Saratoga Springs
Kummel Coquetel
minhas almas estão sendo enforcadas
com intestinos de esqueletos
meus livros flutuam horrivelmente
no parapeito meu melhor amigo
brinca de profeta
no meu cérebro oito mil vagalumes
balbuciam e morrem
(Roberto Piva)
Que versos, Paulo Jorge, que versos!
ResponderExcluirOntem eu comentei, lá no Primeira Pessoa , algo mais ou menos assim: a partida de um poeta sempre causa um grande desequilíbrio... Mas não é verdade, amigo? Não ficamos um pouco mais desequilibrados?
Bem, sigamos em frente...
Tenha uma linda tarde de domingo!
Enorme abraço
Grande, não é? Eu o vi em alguns vídeos recitando os próprios poemas. Era de impressionar.
ResponderExcluirABRAÇO, Paulo Jorge.
Zélia, Piva sabia das coisas.
ResponderExcluirO poeta que amou São Paulo ausentou-se de nós.
Grande bardo, estupenda poesia.
E eu cá fiquei desequilibrado como bem lembrou você.
Abração, querida.
Sim, Marcantonio, era de impressionar.
ResponderExcluirTambém vi um documentário na TV Cultura sobre Piva e outros poetas paulistanos da sua geração e fiquei extasiado.
Assim, como um Rimbaud dos trópicos, Piva morreu quase no anonimato.
Forte abraço, poeta.
Para Piva
ResponderExcluirAh! Menino-demônio
Anjo-velhaco
Pegaste o elevador fantástico
para pousar na brilhante neve infernal
Esporra essa metralhadora giratória de impropérios
em minha boca torta
em meu ouvido invisível
em meus orifícios violados
em meus poros pudicos
para que junto de ti e ao sol roxo de vergonha
eu deixe distanciar minha inocência
em mais um tapete voador
Belíssimo, Fabiano.
ResponderExcluirÀ feição de Piva.
Posso publicar no Nariz de Defunto?
Aguardo autorização.
Abração.
é... até eu que não sou muita dada a homenagens póstumas, em meu espaço, desta não pude deixar, o cara era foda. gritava por todos nós.
ResponderExcluirbeijos.
Hum, Nina, irei conferir vossa homenagem ao Piva.
ResponderExcluirObrigado pela visita.
Bjsssssssss.
...expressão forte, forte... "minhas almas estão sendo enforcadas..."...
ResponderExcluirum abraço silencioso.
Outro abraço ensopado de silêncio, poetisa.
ResponderExcluirObrigado pela visita.