A Barra de Cunhaú como ela é
Documento da passagem de Ariano Suassuna por Cunhaú
Manhã que se arremessa vulgar
ante o quebrar da Barra de Cunhaú
e a primeira nau a se bronzear
sob a ferida do sol.
No mirante da história
recolho impressões inúteis sobre coisas, lugares, personas.
Este mar é inconsequente porque lisérgico.
Suas águas transcodificam camarões, gingas, tatuís
num vai e vem de indecisas ondas.
Ao escrivão prenhe de dias banais
resta refazer suas crônicas
encharcadas de vinho velho
e lançá-las ao mar
no afã de encontrar vagos leitores míopes.
Ah, Paulo Jorge, meu querido, que versos formidáveis você nos dá!
ResponderExcluirAriano Suassuna!
Barra de Cunhaú nunca mais será a mesma...
E o evento importante ainda nos oferece a vantagem de servir de inspiração para esse poema tão lindo.
Acontecimento feliz por duplo motivo!
Abraço apertado, amigo.
Um vago leitor (e míope, literalmente) comparece aqui assombrado.
ResponderExcluirO mar... Lisérgico, muito bem dito. Às vezes, diante dele, me dá vontade de esquecer história, coisas, lugares e personas, e adentrar por suas ondas hipnóticas rumo ao esquecimento.
Um belo poema na fronteira entre a natureza e a cultura.
Um grande abraço, Paulo Jorge.
Zélia, a foto da Barra de Cunhaú é apenas um detalhe da majestade que é o lugar.
ResponderExcluirLindo demais.
Vi a faixa saudando a presença do mestre da dramaturgia nordestina e fiz o click.
Carnaval da paz, amiga.
Abração.
Sim, Marco, o mar é lisérgico e todos nós nos deixamos ficar fora do normal quando o contemplamos ou adentramos suas águas.
ResponderExcluirValeu o comentário e aquele abraço.
o melhor lugar do mundo é aí.
ResponderExcluire agora...
beijão, poeta da barra do potengi.
r.
Bob,
ResponderExcluirAqui, onde indefinido, agora, que é quase quando.
Quando ser leve ou pesado deixa de fazer sentido.
Aqui, onde o olho mira, agora, que o ouvido escuta.
O tempo, que a voz não fala mas que o coração tributa.
O melhor lugar do mundo é aqui e agora.
Bjs, meu cronista preferido.