Uma poesia ártica,
claro, é isso que desejo.
Uma prática pálida,
três versos de gelo.
Uma frase-superfície
onde vida-frase alguma
não seja mais possível.
Frase, não. Nenhuma.
Uma lira nula,
reduzida ao puro mínimo,
um piscar do espírito,
a única coisa única.
Mas falo. E, ao falar, provoco
nuvens de equívocos
(ou enxames de monólogos?).
Sim, inverno, estamos vivos.
PAULO LEMINSKI
Genial o Lê.minsk a lê.minskar... rs :D
ResponderExcluirAmigo Paulo Jorge
ResponderExcluirAdoro Paulo Leminsk, que tive a honra de conhecer pessoalmente, por intermédio de minha saudosa prima Maria Homero, que era casada com Aristófanes Mendes, tio do poeta.
Mas isso, conto-lhe apenas como curiosidade...
O que vale, mesmo, é a obra de Leminsk!
Este poema que você selecionou, para nosso deleite, é incrível!
Li e reli, na tentativa de destacar um verso que fosse ponto de partida para o comentário, mas, qual...
Como recortar algo, se cada letra está milimétricamente encaixada no lugar mais exato?
Formidável!
Grata, meu querido amigo, pelo presente.
Abraço bem apertado da
Zélia
Se é Leminski, é bom!
ResponderExcluirÉ o que se pode chamar de poema feliz...
ResponderExcluirUm grande abraço.
rapaz,
ResponderExcluirleminski é o que houve.
leminski é o que é e há.
ainda bem que ainda temos pessoas como você, para nos lembrar.
beijão, poeta da barra do potengi.
seu amigo das minas, o
roberto.
leminski é fodástico!
ResponderExcluirbeijo, sumido.
Eita, que causou um arrepio dos bons, querido!
ResponderExcluirNão conhecia esse.
Beijinhos...