Enquanto rascunho este texto ouço Dianne Reeves, a cantora protagonista da trilha sonora do ótimo filme Boa Noite e Boa Sorte (EUA, p&b, 93 min, 2005), dirigido por George Clooney. Conhecido do grande público pela atuação em produções hollywoodianas, o novel diretor realizou excelente trabalho ao levar para o celulóide a história do âncora da rede de TV CBS, Edward R. Murrow, interpretado pelo ator David Strathairn, que entra em confronto com o senador Joseph McCarthy ao expor as táticas e mentiras usadas pelo parlamentar em sua caça aos supostos comunistas. McCarthy acaba desmascarado e o maccarthismo enfraquecido. O filme ainda apresenta no elenco Robert Downey Jr, Jeff Daniels e Patricia Clarkson, além do próprio George Clooney. Agora ouço "Pretend", que Nat King Cole gravou em espanhol. Depois vem "Solitude", que também conheço na voz da diva Nina Simone. Reeves refaz todo a atmosfera dos pubs enfumaçados da década de 1950 na América protestante ao cantar um cool jazz de altíssimo calibre. Para a alma não existe coisa melhor. Ou seria para o espírito? Por falar em cinema, ontem revi Jesus de Montreal (Canadá, 118 min, 1989), do realizador canadense Denys Arcand. Arcand é um dos melhores diretores do continente. Superior a muito norte-americano metido a gênio e a galo cego. De Arcand também assisti a O Declínio do Império Americano (Canadá, 101 min, 1986) e ao fabuloso As Invasões Bárbaras (Canadá, 99 min, 2003). Biscoito fino para a massa. Aff! Agora toca uma versão instrumental de "When I Fall In Love". Meus sais, doutor Eduardo Hipólito, meus sais. É melhor eu parar neste ponto antes que a tarde caia e eu fique tentado a conhecer o Nirvana.
também gosto desse filme, meu caro. Seu comentário crítico pareceu-me pertinente.
ResponderExcluirUm abraço.