Da marquise do tempo
Observo esses poetas dolentes
Grávidos de tangos e tragédias.
Que um anjo os abençoe, porque a mim me resta
Sublimá-los com fina pena e tinta.
Observo esses poetas dolentes
Grávidos de tangos e tragédias.
Que um anjo os abençoe, porque a mim me resta
Sublimá-los com fina pena e tinta.
O que será desses poetas,
Quando secarem as lágrimas turvas do rio?
Será que vão chorar
Sob a lua na sarjeta?
Ou cantar uma canção desesperada?
Quando secarem as lágrimas turvas do rio?
Será que vão chorar
Sob a lua na sarjeta?
Ou cantar uma canção desesperada?
Desafortunados os poetas
Que perdem o dom da esperança;
Enquanto contemplam o sol
Perder-se no infinito
Tornado arrebol da ilusão.
Que perdem o dom da esperança;
Enquanto contemplam o sol
Perder-se no infinito
Tornado arrebol da ilusão.
A partida do sol
Traduz a perda da mulher amada
Outrora idolatrada em noite de luar,
Quando a alma parecia reacender
A chama do amor esconso.
Traduz a perda da mulher amada
Outrora idolatrada em noite de luar,
Quando a alma parecia reacender
A chama do amor esconso.
E é nessa desilusão
Que o poeta veste a cidade
De versos melancólicos;
Rebentos de sua dúbia ironia
De viver e de morrer sutilmente.
Que o poeta veste a cidade
De versos melancólicos;
Rebentos de sua dúbia ironia
De viver e de morrer sutilmente.
Mais um belo poema.
ResponderExcluirCom a sua marca.
Abraços.
a vida de um poeta bem sabe que é um eterno paradoxo de vida e morte.
ResponderExcluirbelo poema, abraço amigo
Meu caro,
ResponderExcluirsapequei o seu poema no Balaio e, ao esmo tempo, adicionei-o à Feira de Blogues.
Um abraço.