segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Poema do mar


Urge a noite avance,

Dissipe esse resquício de dor;

Antes que eu esmoreça

Nessa solidão de faroleiro.


A minha luz te distingue

Das outras embarcações;

Direciona-te para algum porto seguro

Mesmo que seja além-mar, além mim.


Acima dos cúmplices sinais,

Penso em tágides imaginárias

E em náufragos - Cruzoés

Da última terra à vista.


Mas a tua alabastrina imagem

Ainda me parece vento brando,

Que me esculpe e me imortaliza

Tal qual imagem sagrada.

Um comentário:

  1. Olá Paulo

    ficou belo seu blog, adorei o verde escolhido e tb as narrativas que depositou aqui.
    gosto muito desse seu poema, dessa luz diferente que irradia direção ao porto seguro...
    um abraço grande

    ResponderExcluir