Soprava o ar quente da tarde de verão
e este esplendor aguçava em mim
o desejo de possuir teu marmóreo corpo
como esculpido com o mais fino formão.
As gotículas estilhaçadas na pele alabastrina
instigavam-me a percorrer tuas estradas
molhadas, sem sinais de advertência,
mas repletas de curvas sinuosas.
Saltava enfim o desafio do amor
– este sentimento ambíguo –
que trazia tempestade e calmaria,
na medida da nossa platônica intimidade.
Amor e verão. Ardem na pele
ResponderExcluirUau! O corpo consegue captar a medida da paixão, mas só uma paixão consegue capturar a intimidade de quase todo amor.
ResponderExcluirMaravilhoso Paulo!
Sujeito lírico, toma uma iniciativa, pelamor...
ResponderExcluirIniciativa? Como assim, Henrique?
ResponderExcluirTipo assim: ir um pouquinho além do desejo...
ResponderExcluir(Só estou viajando no texto, cara! Bom texto!)
Captei. Abração.
ResponderExcluirA poesia é.
ResponderExcluirA poesia sente.
A póesia faz o poema.
Como em "Disperso",
com suas estradas molhadas,