sexta-feira, 21 de outubro de 2011

IV Encontro Potiguar de Escritores será aberto na próxima segunda-feira


De 24 a 26 de outubro de 2011 no auditório da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras acontecerá o IV Encontro Potiguar de Escritores, promovido pela União Brasileira de Escritores UBE/RN com o apoio da Academia (Programação), oportunidade que a sociedade potiguar terá para conhecer a nossa Literatura e seus autores.

Às 19h do dia 24 de outubro haverá Abertura Solene, em que será prestada uma homenagem a cinco escritores vivos (Afonso Laurentino, Sanderson Negreiros, Enélio Petrovich , Eider Furtado e Dorian Gray) e mais outros 20 (in memoriam) fundadores da UBE em 14.08.1959, portanto há 52 anos. Durante os três dias do IV EPE, sempre às 18h, haverá lançamentos de livros, saraus, organizados pela Academia de Trovas do RN-ATRN e a Sociedade dos Poetas Vivos e Afins- SPVA e com o apoio do Instituto de Desenvolvimento da Educação - IDE, através do projeto de formação de leitores (crianças de algumas escolas públicas recitarão seus trabalhos/poemas.) Serão ofertadas 100 vagas para a rede pública gratuitamente.

Com temas bem diversificados, que vão de Poetas e Poesia, Bellé Epoque Potiguar, Direito e Literatura, Contribuição de Cascudo aos Saberes, Vozes Femininas na Literatura Potiguar, o livro como objeto de desejo, às propostas dos órgãos culturais (FJA, FUNCARTE e Instituto Cultural do Oeste Potiguar), entre outros.

As inscrições estarão abertas via site da UBE (www.ubern.org.br) no período de 17 a 20 de outubro;os educadores da rede pública devem procurar o Instituto de Desenvolvimento da Educação IDE, pelo telefone 3611-0968, sítio virtual (www.ideducaçao.org.br) -ou e-mail ide.leitura@hotmail.com Outras informações pelo fone 9983-6081.

IV ENCONTRO POTIGUAR DE ESCRITORES

ONDE: Academia Norte-Rio-Grandense Letras

DATA: 24 a 26 de outubro de 2011

Abertura: 24 de outubro de 2011 às 19h

25 e 26 de outubro de 2011 (das 9h às 18h)

Acesso: mediante inscrição prévia e gratuita

Será emitido Certificado aos que tiverem 100% de participação

IV ENCONTRO POTIGUAR DE ESCRITORES – IV EPE

De 24 a 26 de outubro de 2011

Coordenador Geral:

Eduardo Antonio Gosson

Coordenadores Adjuntos:

Aluízio Mathias

Araceli Sobreira Benevides

Carlos Roberto de Miranda Gomes

Clauder Arcanjo

Cid Augusto

Francisco Alves da Costa Sobrinho

José Lucas de Barros (Academia de Trovas do RN)

Maria Rizolete Fernandes

Maurício Garcia (SPVA)

Comissão de Divulgação

Alex Gurgel

Franklin Jorge

Francisco Alves da Costa Sobrinho

Cid Augusto )

Jania Maria de Souza

J. Pinto Júnior

Lucia Helena Pereira .

Maria Vilmaci Viana

Nelson Patriota (Diretor de Divulgação)

Paulo Jorge Dumaresq (Assessor Especial de Imprensa)

Local: Academia Norte-Rio-Grandense de Letras

Data: 24 a 26 de outubro de 2011

PROGRAMAÇÃO

24.10.11, segunda-feira:

19h – Abertura Solene:

.Discurso do Presidente da UBE/RN e entrega de Diploma aos remanescentes de 14 de agosto de 1959 (vivos e in memoriam)

(Eduardo Gosson)

20h30 – As aventuras de Teresa Margarida da Silva e Orta em Terras de Brasil e Portugal

(Conceição Flores)

25.10.11- terça-feira

09h – De Poetas e Suas Poesias: Uma Viagem no Tempo

(Ciro Tavares)

10h30 – Belle Époque Potiguar

(Tarcísio Gurgel)

15h – Propostas dos gestores públicos para a Cultura Potiguar

(Isaura Rosado Maia- FJA e Roberto Lima- FUNCARTE)

Moderador: Eduardo Gosson

16h30 – Direito e Literatura

( Jurandyr Navarro, Manoel Onofre Júnior e Miguel Josino)

Moderador: Carlos Gomes

18h – Lançamentos de livros e sarau com a Academia de Trovas RN (Coordenação José Lucas de Barros), crianças e professores da rede pública.O dramaturgo Paulo Jorge Dumaresq lançará duas peças em um só livro” bocas que murmuram e Retorno do Adônis”.

26.10.11, quarta-feira:

09h - Contribuição Cascudiana para História, Etnografia e Literatura Oral

(Anna Maria Cascudo Barreto, Diógenes da Cunha Lima e Vicente Serejo)

Moderador: Roberto da Silva

10h30 – Instituto Cultural do Oeste Potiguar – ICOP

(Aécio Cândido)

15h – Vozes Femininas na Literatura Potiguar

( Valdenides Dias)

16h30 A questão do livro e da leitura

(Claudia Santa Rosa,Erileide Rocha e Fernando Mineiro)

Moderador: Chico Alves

18h – Lançamentos de livros e sarau (SPVA) + crianças e professores da rede pública

Coordenação: Maurício Garcia

Vivos

Afonso Laurentino Ramos

José Sanderson Negreiros

Eider Furtado de Mendonça e Menezes

Enélio Lima Petrovich

Dorian Gray Caldas


In memoriam

Aluízio Alves

Antídio de Azevedo

Alvamar Furtado de Mendonça

Augusto Severo Neto

Américo de Oliveira Costa

Berilo Wanderley

Edgar Ferreira Barbosa

Esmeraldo Homem de Siqueira

Hélio Mamede de Freitas Galvão

Jaime Guimarães Wanderley

José Saturnino de Paiva

João Vicente da Costa

Leonardo Bezerra

Luís da Câmara Cascudo

Manoel Rodrigues de Melo

Othoniel Menezes de Melo

Paulo Pinheiro de Viveiros

Raimundo Nonato da Silva

Vingt-un Rosado

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Dramaturgo Paulo Jorge Dumaresq lança livro com duas peças teatrais

No ano em que completa duas décadas de militância na literatura dramática, o dramaturgo e jornalista Paulo Jorge Dumaresq lança o livro Repouso do Adônis – Bocas que murmuram, pela Coleção Cultura Potiguar, selo da Secretaria Extraordinária de Cultura do RN e Fundação José Augusto (Secultrn/FJA).

Editado pela Gráfica Manimbu, o livro apresenta as primeiras peças de Paulo Jorge Dumaresq escritas na década de 1990, quais sejam a comédia nordestina Repouso do Adônis (1991) e a tragicomédia Bocas que murmuram (1992), ambientada numa redação de jornal. Repouso do Adônis, por exemplo, já foi montada em várias cidades brasileiras e portuguesas, destacando-se a montagem na Ilha dos Açores.

A comédia Repouso do Adônis (1991) é ambientada em bordel decadente de cidade de pequeno porte no interior do Estado do Rio Grande do Norte. Aborda a questão do poder e de seus desdobramentos no universo sociocultural do Nordeste. A secular relação opressor/oprimido é apresentada como modelo fidedigno da cultura da região desde a sua fase de colonização.

O enredo tem início quando o Delegado Antão, ao saber que Dona Violeta, proprietária do Repouso do Adônis, hospeda sobrinha no cabaré, passa a chantagear a cafetina no intuito de possuir a adolescente Glorinha. Por seu turno, Violeta faz acordo com o boêmio e desocupado Sevé para desmascarar o Delegado.

Repouso do Adônis é a primeira peça do dramaturgo Paulo Jorge Dumaresq. Neste ano da graça de 2011 completa 20 anos de escrita. Mas só 12 anos depois de elaborada, a comédia teve a sua primeira encenação. Estreou em 10 de dezembro de 2003, em Ilhéus (BA), numa montagem do Grupo de Teatro Do Pranto ao Riso, com direção de Paulo Costa. A montagem ilheense despertou o interesse de diversos grupos e companhias teatrais do país, pois, a partir daquela data, a peça não parou mais de ser encenada no Brasil e em Portugal.

Merecem destaque, também, as montagens de Lucas do Rio Verde (MT), Gurupi (TO), Santarém, Freguesia de Medas (Concelho de Gondomar, Portugal), Lajes do Pico (Açores, Portugal), Barra Bonita (SP), Pirapozinho (SP), Colombo (PR), Curitiba, São Paulo, Sorocaba, Fortaleza, Freguesia de A-dos-Negros (Concelho de Óbidos, Portugal), Mogi das Cruzes e Caxias do Sul.

Bocas que não querem calar

Bocas que murmuram é uma tragicomédia ambientada na redação do Diário Incomunicante, edificado em cidade de médio porte na região Nordeste. A peça estabelece contraponto entre dois jornalistas de ideologias distintas. No caso, Alexandre, de formação direitista, e Vladimir, um esquerdista atuante. No decorrer da trama, os jornalistas ora afirmam suas posições, ora se contradizem, num jogo psicológico que inclui ainda o Editor do jornal e o deputado Chip Baccarat.

Questões relevantes para a classe jornalística, tais como ética, liberdade de imprensa e remuneração salarial são abordadas de forma contundente pelos dois profissionais. A intenção de Bocas que murmuram é questionar, à luz do teatro, o problema da manipulação da informação, prática comum na imprensa mundial, independentemente de regime ou ideologia política. Em outras palavras, alertar aos que desejam uma imprensa livre sobre as armadilhas do poder econômico e político, preocupado apenas em fazer valer seus intentos.

Esta tragicomédia estreou no Teatro Municipal Sandoval Wanderley, em Natal, na primavera de 1993, numa montagem da Cia. de Repertório Do Riso ao Pranto. A direção ficou aos cuidados de Paulo Jorge Dumaresq. No elenco, os atores Marcos de Hollanda (Alexandre), Concita Alves (Vladimir, Editora), Paulo Jorge Dumaresq (Chip Baccarat) e Edinho Azevedo (Office Boy, Jornaleiro). Por culpa de uma proposta de dramaturgia engajada, a peça recebeu também montagem em Curitiba, Jandira (SP), Andaraí (BA), Juazeiro da Bahia, Içara (SC) e Palmeira dos Índios (AL).

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

UBE/RN convoca imprensa para apresentar a programação do IV Encontro Potiguar de Escritores

Presidente da UBE/RN Eduardo Gosson


O presidente da União Brasileira de Escritores (UBE/RN), poeta Eduardo Gosson, convoca a imprensa para apresentar a programação do IV Encontro Potiguar de Escritores (IV EPE). A entrevista será concedida no dia 7 de outubro, às 9 horas, na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, localizada na rua Mipibu, 443.


Afora o IV EPE, Eduardo Gosson vai falar sobre os 52 anos de existência da UBE/RN e a homenagem que a entidade fará aos fundadores vivos e mortos, como também da programação 100% prata da casa e de excelente qualidade.


IV EPE
A União Brasileira de Escritores (UBE/RN) promove de 24 a 26 de outubro de 2011, no auditório da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, o IV Encontro Potiguar de Escritores, oportunidade que a sociedade potiguar terá para conhecer a nossa literatura potiguar e seus autores.

No dia 24 de outubro, às 19 horas, ocorrerá a Abertura Solene, na qual será prestada homenagem a cinco escritores vivos (Afonso Laurentino, Sanderson Negreiros, Enélio Petrovich, Eider Furtado e Dorian Gray) e mais outros 20 in memoriam fundadores da UBE em 14 de agosto de 1959, portanto há 52 anos.

Durante os três dias do Encontro, haverá lançamentos de livros e saraus organizados pela Academia de Trovas do RN (ATRN) e pela Sociedade dos Poetas Vivos e Afins (SPVA), sempre às 18h, com o apoio do Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE), por meio do projeto de formação de leitores (crianças de escolas públicas recitarão trabalhos e poemas). Serão ofertadas 100 vagas para a rede pública gratuitamente.

Diversificada, a programação do IV EPE abrange os temas Poetas e Poesia, Belle Époque Potiguar, Direito e Literatura, Contribuição de Cascudo aos Saberes, Vozes Femininas na Literatura Potiguar, o livro como objeto de desejo e propostas dos órgãos culturais (FJA, FUNCARTE e Instituto Cultural do Oeste Potiguar), entre outros.
As inscrições estarão abertas via site da UBE http://www.ubern.org.br/ no período de 10 a 14 de outubro.


SERVIÇO:


IV ENCONTRO POTIGUAR DE ESCRITORES


Onde: Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.


Período: 24 a 26 de outubro de 2011.


Abertura: 24 de outubro de 2011, às 19h.


Acesso: mediante inscrição prévia e gratuita.


Será emitido Certificado aos que tiverem 100% de participação.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

"Detetive", de Godard, investiga a alma humana


Vez ou outra, quando a preguiça permite, resenho ou critico um filme e publico neste Nariz de Defunto ou no Facebook, por meio de nota, principalmente quando a obra me chama a atenção. Foi assim ontem, noite de domingo vazia, com Detetive (Détective, Suiça/França, 1985), de Jean-Luc Godard. Não vou comentar sobre Godard, pois todos que acessam este blog sabem de quem se trata. Queria dizer que Detetive é um filme bem comportado de Godard, longe das provocações e das ousadias estéticas dos primeiros trabalhos dos anos 1960. Se afirmasse isso, estaria mentindo. O filme é um exercício metalinguistico do início ao fim. Produzido em 1985, mesmo ano do polêmico Je Vous Salue, Marie, Detetive, traz novidades, como a inclusão de som estereofônico, bem utilizado na exuberante trilha sonora com peças de Schubert, Wagner, Chopin, Liszt e do jazzista Ornette Coleman. Como foi concebida, a música marca as mudanças de textura das imagens e funciona quase como um personagem.

Com um roteiro construído a oito mãos (Alain Sarde, Anne-Marie Miéville, Jean-Luc Godard, Philippe Setbon), Godard brinca com alguns elementos do cinema noir e monta um verdadeiro quebra-cabeças envolvendo a investigação de um crime ocorrido dois anos antes num luxuoso hotel de Paris. As investigações estão a cargo de William Prospero (Laurent Terzieff), um ex-detetive do hotel, que não se conforma por não ter conseguido identificar o assassino de um personagem chamado Príncipe. Ele é auxiliado pelo sobrinho, o policial Neveau (Jean-Pierre Léaud) e sua namorada, Arielle (Aurelle Doazan). O detetive acredita que o assassino voltará ao local do crime. Por isso instalou uma câmera e acompanha toda a movimentação na rua em frente ao hotel. Vale salientar que já tínhamos o VHS em 1985.

Em Detetive, Godard investiga a complexidade da existência humana. Numa trama paralela, vários hóspedes são apresentados e passam a receber as atenções dos investigadores. Um velho mafioso (Alain Cuny), chamado por seus capangas de Príncipe (coincidentemente o mesmo nome do personagem assassinado no passado) está interessado nas ações do piloto Emile (Claude Brasseur), que chegou para cobrar uma dívida de Jim Fox-Warner (Johnny Hallyday), empresário do pugilista Tiger Jones (Stéphane Ferrara) que vai lutar nos próximos dias e também está no hotel. Interessada no dinheiro de Jim, Françoise (Nathalie Baye), a bela mulher de Emile, quer sua parte para abrir uma livraria. O atrapalhado Neveau não perde cada movimento desses hóspedes e ouve fragmentos de conversas que não permitem saber ao certo o que se passa. Para isso, assume-se maitre do restaurante.

Um detalhe comum a cada personagem é seu apego aos livros. As citações literárias são frequentes, como é comum nos filmes de Godard. William Prospero (o próprio nome remete ao personagem de A Tempestade), mergulha na obra de Shakespeare. Jim não tira do bolso uma edição de Lord Jim, de Joseph Conrad, mas não consegue avançar na leitura, recomendada por sua mãe. Sempre que se dispõe a ler, é interrompido pela chegada de um interlocutor. Françoise lê no restaurante, na cama, e empilha seus volumes na mesa de cabeceira. Françoise e Jim, apesar da disputa pelo dinheiro, se aproximam mais do que deveriam. Infeliz no casamento, com o marido sempre ausente por causa das frequentes viagens como piloto, Françoise acaba se envolvendo com o homem que lhe deve dinheiro. Ele próprio se desinteressa da luta que está organizando e pensa em ficar com a mulher. Mas nem tudo está ainda decidido e é nesse ponto que a trama policial traz reviravoltas, mas no fim das contas o criminoso é identificado e baleado.

Não obstante o uso abusivo de metalinguagem, Detetive não é um filme monótono ou cansativo. É um Godard "palatável" para quem não está acostumado com o cinema de autor do cineasta francês. Tecnicamente é bem realizado. A luz e a fotografia são impecáveis. As velhas tiradas filosóficas também estão lá. Abro parênteses para o elenco estelar, que ainda traz Julie Delpy adolescente e Emmanuelle Seigner (a atual senhora Roman Polanski). Recomendo este Godard detetivesco. Grande momento do cineasta odiado pela mediocridade.