terça-feira, 8 de novembro de 2011

Errante


Ao cabo das horas
surge essa estrela errante
a anunciar crepúsculo de crepom.

Eis-me inerte
no confuso lusco-fusco
solfejando lufada de equinócio
e vendaval de solstício.

Amigo, tudo pode ser tão pouco
que não nos damos conta do
inverno na primavera.

À parte isso, preenche o ar
minha imagem blasé
perdida nas brumas do tempo
confundida com macbethiano espectro.

5 comentários:

  1. Shakespeare vos benta, meu amigo!

    Forte abraço!

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  2. Literalmente assino em baixo do comentário do Wilson!

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  3. Comentários bem-vindos, Wilson/Fred.
    Obrigado e aquele abraço.

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  4. bom te ver escrevendo poesia, paulo poeta.

    falei de voce em portugal... citei... resmunguei seu nome, por não ter ido à tertúlia.

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  5. Bob, acompanhei a Tertúlia à distância e seu périplo por Portugal.
    Também falamos em você - eu e a Cris de Souza - e exaltamos seu enorme talento.
    Beijos e bom retorno à América.

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