quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Isso não tem preço!

Boa Dia,
Paulo Jorge!!

Sou uma iniciante no ramo teatral, e te confesso que sou apaixonada por essa arte. Não só por que é através dela que eu posso me expressar, mais sim por que é uma forma de ministrar pessoas.

Mando esse email pois li uma das suas peças "BOCAS QUE MURMURAM", super interessante. E inovadora. Uma das melhores peças que eu já li.

Sou uma iniciante e adoro escrever peças teatrais, mais elas nunca ficam excelente, talvez por eu seja muito perfeccionista e detalhista. Gosto de tudo na mais perfeita excelência não sei se isso é bom ou ruim para uma iniciante nesse mundo do teatro.

Queria a sua ajuda, e se você poder me dar algumas dicas de como escrever uma peça teatral, ficaria agradecida.

Ah nem me apresentei.
Me chamo Rhaiza, tenho 16 anos e moro em São Paulo, participo de um grupo teatral a 3 anos e sou apaixona por teatro.

Beijos

Rhaiza Souza


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Olá Paulo Jorge!

Tudo bem?

Fiquei extremamente feliz ter respondido o meu email. E pelas dicas que são de grande ajuda.
O senhor é um dramaturgo excelente, quando eu crescer quero ser igual ao senhor " rsrs ", me espelho no senhor e sei que um dia serei metade do dramaturgo que o senhor é.

É difícil seguir carreira na dramaturgia? Acho que só os filhinhos de papai conseguem! É complicado seu Paulo Jorge, pois ninguém coloca fé naquilo que estou fazendo.

Atualmente trabalho em uma empresa multinacional como menor aprendiz. Mais não gosto de ficar sentada em frente ao computador o dia todo, eu gosto de trabalhar com o publico, gosto de expressar o que estou sentindo e com o teatro eu me realizo por que por mais que sejam apenas personagens, são personagens que influenciam toda uma vida e que querendo ou não tem um pouco de você por que é você quem interpreta, ou você quem escreve. Quero muito conseguir destaque no mundo teatral. Quero muito conseguir trabalhar com algo que eu realmente goste. Me dedicar inteiramente a essa arte, que tenho como hobbie.

Me sinto realizada ao escrever uma peça teatral.

Muito Obrigada pelo ajuda!!!!
Ficaremos em contato,
Muitas felicidades, Beijos.

NOTA DO BLOG: Recebo sempre e-mails de encenadores e de grupos teatrais solicitando autorização para montar peças de minha autoria, mas os e-mails da Rhaiza me sensibilizaram. Por isso, resolvi postá-los neste Nariz de Defunto decadente. Em primeiro lugar, pela idade dela: apenas 16 anos. Segundo, pelo amor expressado à dramaturgia em se tratando de uma aspirante a autora teatral. Na minha concepção, trata-se de uma jovem idealista, especial e com ideais superiores. Diariamente me deparo na rua, ônibus, nos cinemas ou nos shooppings com jovens bregas, débeis mentais, ignorantes ou delinquentes. Rhaiza é o oposto disso. É verdade que tenho aversão a adolescentes. Não os suporto pelas razões expostas acima. Mas essa jovem me comoveu a ponto de eu não chorar (não precisa) e merece o meu respeito. Parabéns, Rhaiza. Você é uma avis rara no meio dessa selva de jovens medíocres que representam o "futuro" do Brasil.

3 comentários:

  1. Paulo,

    faço vênia a ti. E que o exemplo de teus fãs sejam disseminados entre os jovens que se perdem na mediocridade feroz da mídia superficial, ou se revelando abortos adotivos da delinquência.E que o teu exemplo também seja seguido, pois jovens como a moça do e-mail se sentem à parte, por serrem, infelizmente, minoria nessa "selva de jovens medíocres".

    Fortíssimo abraço!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Wilson, esses e-mails da Rhaiza me fizeram crer que nem todos os jovens estão perdidos.
    Talvez eu tenha sido muito duro no meu comentário, mas o fiz baseado no que vejo e ouço nas ruas, nos ônibus e nos shoppings. Ou seja, jovens sem nenhuma orientação familiar nem estofo intelectual. Ouço coisas horríveis que vão desde o palavrão mais baixo a um certo gosto padronizado pelo entretenimento brega, inócuo e grotesco. Isso é assustador e me deixa triste, porque não vejo saída para a atual geração nem para as futuras. Poucos serão os escolhidos para fazer parte da exceções. Grande abraço, amigo e poeta das Gerais.

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