domingo, 10 de janeiro de 2010

Disperso (4)

Auto-retrato de Rembrandt (1640)

No porto do teu dorso edredom
festejo tal qual nababo,
elevo o espírito,
invoco os deuses.

O compasso das tuas pernas
abre a geografia do teu corpo,
antecipa o óbvio coito.

Nada mais me dás do que mereço
nesta batalha de corpos cálidos,
eterna contenda da essência do ser.

A nossa história é um Rembrandt falso
a que, arisco, imperito, me arrisco
no idílio, por acreditá-la legítima.

O resto é pó... esvaece no ar.

5 comentários:

  1. Dominas como poucos a "cantada literária". O problema é que a eleita deve ter bastante lustro.

    Mais um bom texto!

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  2. do balaio pulei pra cá - não é que gostei?
    besos

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  3. Paulo,
    descobri seu blog num comentário seu lá no blog da líria porto.
    vim te conferir e gostei do que li.
    voltarei mais vezes.
    viva a poesia!
    abraço de admiração do

    roberto.

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  4. sua poesia teimou dentro dos meus olhos.

    mais que gostei!

    beijos...

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